Daqui a um mês já devo estar a sentir aquela ansiedade antes de uma viagem, passando a fase actual da excitação pré-viagem. Por norma gosto de deixar planos em aberto, no passado os meus planos correram bem mal, mas é com as experiências menos boas que se aprende mais. Desta vez o destino não será apenas um país, mas uma zona. Uma viagem de 10 dias pelos países dos Balcãs.
1 – Preparar a viagem
Quando? Com quem? Onde? Como? Estas são as questões que se colocam, e nem sempre é necessário encontrar uma resposta a todas estas questões. Cada pessoa tem um estilo diferente de viajar, o importante é saber quais as perguntas a se fazer.
No meu caso, a primeira pergunta que me fiz foi “Quando?”, e isso fez toda a diferença na minha preparação. Vou na época alta, para uma zona que não conheço. Vantagens da época alta, mais opções de transporte, mais viajantes, mais informação. Desvantagens? As mesmas! Mais viajantes, maior ocupação tanto em transportes como em alojamento. É preciso planear a viagem!
2 – Planear a viagem
É aqui que outras questões se devem colocar, se há espaço para improviso então tudo bem, se não, então convém perceber o que é importante. Como gosto de improvisar, a primeira coisa que fiz foi marcar os voos. Ida para Zagreb, regresso de Atenas. Sim, isto foi um bocado impulsivo, é uma longa distância passando por vários países e com pouca margem…, tive mesmo de entrar em detalhes no meu plano. Mas afinal de contas, o objectivo era atravessar os Balcãs!
3 – Decidir onde ir
Visto que os voos foram marcados, só tenho de saber como vou do ponto A ao ponto B. A flexibilidade é alguma, as rotas infinitas, então meti mãos à obra e criei o meu roteiro.
4 – Turismo vs Viajar
Não, não são sinónimos. Nem mesmo quando vamos de férias. Ir de Zagreb a Atenas é uma longa distância, e muito para ver pelo caminho. Existem duas hipóteses, correr, correr e correr e chegar a Atenas, ou então criar uma lista de prioridades. Optei pela segunda opção, tal como fiz no Japão.
5 – Definir pontos de estadia
Seguindo a velha máxima de que nunca dá para ver tudo, então o melhor é aproveitar o que posso. Criei uma lista de 5 cidades/vilas onde ficar, e deixar em aberto o que ver na zona. É menos cansativo do que ter de andar sempre de mochila às costas, e existe sempre algo para ver na área ou a uma distância de 1 ou 2 horas de transportes.
Escolhendo os meus pontos de estadia, então começo com as reservas caso necessite de o fazer. No caso da minha viagem ao Japão, como fui em época baixa, fiz as reservas sempre de véspera consoante ia ajustando os planos, para os Balcãs não é assim tão simples como tal decidi marcar tudo de antemão.
6 – Pesquisar
Sim, este é apenas o sexto ponto, mas mais uma vez, isto depende do estilo de cada um. Como fiz uma marcação impulsiva, tinha muito mais para decidir antes de chegar às pesquisas. Claro que tive de pesquisar antes sobre o que queria ver, mas já tinha em mente alguns locais que gostaria imenso de visitar (e Dubrovnik não está na lista, para já…).
O que considero mais importante é como chegar de uma cidade à outra, a tentar perceber se há necessidade de fazer algum ajustamento de rota, o que foi o que aconteceu. Também descobri que há rotas mesmo muito turísticas, e em casos como países menos populares estas rotas são uma excelente forma de ir de uma cidade à outra. Contactei empresas, autores de blogs e usei aplicações para criar a minha rota.
7 – Marcações
Com isto tudo, está na hora das marcações. Vale mesmo a pena? A viagem é em época alta, numa zona cada vez mais popular e com cada vez mais turistas. Decidi ir numa viagem de turismo, poder relaxar e não ter muito com que me preocupar excepto com horários dos transportes. Tratei das marcações (quase) todas, transportes e alojamento. Menos preocupações.
8 – Organizar documentos
Esta é a parte que considero mesmo mais importante, o que só por acaso ainda não fiz, mas é extremamente importante ter todos os documentos organizados. Reservas, moradas, contactos, cópias de passaporte, etc. É importante ter isto tudo em duplicado, em digital no mail ou noutro local online que tenha acesso, e em formato papel para ter durante a viagem. Azares acontecem, e estes documentos são extremamente importantes caso se deparem com algum azar.
9 – Avisar o banco!
Aprendi isto por mero acaso, mas amigos meus aprenderam isto da pior forma. A segurança bancária pode funcionar contra o próprio utilizador. Devem sempre avisar o banco que vão em férias passando por determinados países para que o banco não considere as transacções como suspeitas e não vos bloqueei o cartão. E se possível tenham mais do que um cartão, de bancos diferentes, e mantenham os cartões em locais diferentes. Assaltos acontecem, e vocês não vão querer estar numa situação sem dinheiro e sem acesso à vossa conta.
Também recomendo a usarem o cartão Revolut, com ele irão poupar dinheiro em transacções e também irão evitar ter um cartão bloqueado. Além de que, existem vários níveis de protecção que facilmente podem controlar desde o vosso telefone.
10 – Aproveitar a viagem
Recomendo adquirirem seguro de viagem, é dinheiro bem investido mesmo que nunca tenham de o usar. Uma viagem de lazer é suposto ser para descontrair e não para terem de se preocupar com adversidades caso elas aconteçam. Nem tudo acontece só aos outros.
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