Quando viajamos gostamos sempre de trazer algumas recordações e memórias, e fotografias são o meio que mais gente usa para capturar essas memórias. Mas e se algo falha? Como podemos fazer backup dessas dezenas ou centenas de fotografias que tirámos? Abaixo deixo algumas sugestões para evitar que essas memórias sejam perdidas para sempre.
Porque é que tiramos fotografias quando vamos passear?
Obviamente que isto depende de cada pessoa, para uns fotografia é o seu ganha-pão, para outros é apenas um passatempo, enquanto outros apenas querem recordações. Mas há algo em comum a todos nós, perderem as fotografias de uma viagem é o suficiente para ficarmos com o dia todo estragado! Para quem faz vida com fotografia, então perder fotografias é também perder imenso dinheiro…
Normalmente as minhas viagens são de pouca duração, máximo de 2 semanas, mas já me aconteceu perder as fotografias todas e nem sei bem como num só fim-de-semana…, portanto backup de fotografias é algo bastante importante para mim. Aprendi a minha lição, e comecei a preocupar-me um pouco mais com as minhas fotos.
Na minha última viagem, à Austrália, o nível de psicose preocupação aumentou consideravelmente…, foram dois meses no outro lado do mundo. São mesmo muitas memórias que jamais irei querer perder, e perder um cartão cheio de memórias seria o suficiente para ficar uns dias bem chateado. Então, para evitar elevar esses níveis de psicose preocupação ao ponto de não me divertir, tive de procurar formas de garantir que não iria perder essas tão preciosas fotos da minha épica viagem. Após alguma pesquisa, decidi pela combinação das estratégias todas listadas abaixo. Sim, todas!
Múltiplos cartões de memória
Esta é a forma mais comum de backups, aliás, na prática nem pode ser considerado um backup pois não existem cópias. É o cartão que está na máquina com as fotos todas, e simplesmente vamos trocando por outro, e outro, e mais outro.
Como esta era a opção mais evidente, e como já tinha alguns cartões de sobra, cheguei a ponderar enviar os cartões por correio para casa. Mas isso talvez até me deixasse mais stressado. E se o envelope se perdesse? Já tive más experiências do género, encomendas / cartas que nunca chegaram ao destino… Então tive de pensar noutras opções…
Macbook Pro / iPad
Inicialmente ponderei levar o iPad. Perfeito para ter vários livros pelo peso de 1, poder tirar notas, poder ver e editar fotografias no momento, etc. Mas antes de me decidir, durante um mês só usei o iPad para cópia de fotos, trabalhar no blog, etc. De facto, dá para fazer isto tudo num iPad, mas não era assim tão prático como um computador, e o espaço disponível também mais limitado.
Quanto ao Macbook Pro, tive várias dúvidas em o levar, peso extra? Isso nem sequer foi problema, percebi logo que raramente iria ter de carregar o computador, seria apenas do autocarro para o hostel, e vice-versa. Portanto, o problema do peso nem sequer era muito relevante. Segurança? Sim, mesmo problema que o iPad, aliás, o iPad por ser mais pequeno até é mais fácil de ser roubado… Espaço em disco? Bastante!
Acabei por me decidir pelo Macbook Pro, e o facto dele já ser velhinho e eu já andar a pensar em comprar um novo, também me ajudou a decidir por o levar…, pois…, mas e se fosse roubado? Cartões de memória de um lado, cópias no Macbook Pro…, ainda não estava totalmente satisfeito…
Cópias de segurança na nuvem (iCloud)
Sim, o nível de psicose preocupação era grande…, decidi pagar pelo serviço de armazenamento de fotos do iCloud, 1TB. Cerca de 10€ /mês, e mais alguma tranquilidade. Mas como ainda tinha dúvidas, pesquisei bastante sobre esta forma de backup em viagem, e um dos comentários que mais me deixou inquieto, é mesmo o acesso à internet em locais mais remotos. Aliás, só para enviar a minha biblioteca toda para a nuvem, demorou quase 1 semana inteira!! A lentidão de envio das fotos ainda me deixou mais nervoso, apesar de ser uma excelente solução, poderia correr mal se não conseguisse uma internet minimamente aceitável.
Pois, acontece que raramente apanhei internet decente, e poucos gigabytes de informação chegaram a ser enviados durante os dois meses de viagem…, continua a precisar de um plano D) para backup de fotos sem internet…
Disco externo
E encontrei a solução perfeita! Comprei um My Passport Wireless de 2TB! É um disco externo com leitor de SDcards, que copia o seu conteúdo sem duplicação para o disco externo! Simplesmente adorei esta solução, usei umas quantas vezes antes de ir de férias, e achei genial! Existe uma aplicação para o iPad/iPhone, e daí conseguimos controlar o que foi copiado, o que ainda falta copiar, espaço livre, etc. Até dá para usarmos como router, e conectarmos à internet a partir do disco, mantendo o iPhone sempre conectado via wireless ao disco, sem termos de trocar de rede sempre que queremos aceder ao disco e/ou à internet.
Problemas do disco, um pouco lento, e não dá para ter a rede wireless ligada enquanto está conectado via USB ao computador (demorei algum tempo até perceber isto…). Mas faz o seu trabalho, uma cópia integral do cartão de memória, num disco que podemos colocar numa outra parte da bagagem.
A combinação do disco e do iPad seria perfeita, e bem mais leve do que o Macbook Pro. Porquê insistir em levar o Macbook Pro? Mesmo porque é mais complicado trabalhar no blog pelo iPad, é possível mas mais chato…, e nesta altura já me tinha decidido, portanto acabei por nem sequer equacionar mudar de ideias.
Em suma
- Manter as fotografias sempre nos cartões de memória, mais vale comprar um ou dois extra do que confiar de que nada vai acontecer ao computador ou disco externo
- Computador ou iPad para poder gerir as fotografias nos cartões de memória, e também como forma alternativa de dispositivo de armazenamento
- Cópias de segurança na nuvem, não é a forma que mais aconselho, mas é uma alternativa a considerar para quem não tira fotografias em RAW ou não tira uma estupidez de fotografias por dia
- Disco externo, para manter num local diferente das restantes cópias de segurança. Se formos roubados, existe mais hipóteses de não nos terem tirado tudo…
A estratégia, obviamente, que depende de cada pessoa. E certamente que existem outras formas mais práticas de garantir que não chegamos ao fim da viagem com metade das memórias fotográficas perdidas algures
E vocês? Fazem backup das vossas fotos enquanto viagem? Comentem com a vossa estratégia.
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