Faz já bastante tempo que não escrevia um diário de viagem. Recentemente li o da minha viagem de inter-rail e deu para rir um pouco. Lembrar-me de alguns detalhes que já me tinha esquecido, quase como reviver a viagem. E para retomar, começo por falar de Viñales!
Antes de ir para Cuba pensei em voltar a escrever diários de viagem, e que tal preparar-me para tal? Então assim fiz, durante a viagem fui tirando várias notas não só sobre os locais que visitei, mas também sobre as experiências.
Primeiro impacto em Cuba
Ainda no Aeroporto de Havana…
Depois de uma longa viagem desde Dublin, com passagem por Amesterdão, finalmente chegava a Havana! O nível de excitação estava alto, mas ao mesmo tempo com aquele sentimento na barriga do que poderia acontecer durante aquelas duas semanas sozinho.
Ainda dentro do avião cometi o grande erro de tirar o telefone do modo de voo. Recebi logo uma notificação de uma mensagem pelo facebook, que ignorei, e visto que tinha dados decidi tranquilizar os meus pais e namorado. Uma mensagem para cada um deles. Cheguei, estou bem! Cinco minutos depois recebo uma mensagem de boas-vindas a Cuba pela Vodafone. Tinha atingido o limite de 60€ de roaming de dados. É o que dá viver numa Europa sem roaming, nem me lembrei de que poderia pagar uma absurdidade por uns meros kilobytes de informação…
Mas pronto. Decidi que não seriam aqueles 60€ que me iriam estragar a viagem. Afinal de contas, ainda estava dentro do avião, para todos os efeitos antes de passar pelo controlo de passaportes ainda estou em território internacional!
A caminho do controlo de passaportes comecei logo a sentir um pouco da experiência de que me falavam de Cuba. Um aeroporto velho, sem modernidades. E passar pelo controlo de passaportes foi bem tranquilo, e bem simpáticos.
Fui logo recebido por alguém a serviço da casa particular onde iria ficar, ajudou-me a encontrar o guiché para trocar euros por CUCs, os pesos para estrangeiros, e depois levou-me para o taxi. Pelo parque de estacionamento vi imensos carros antigos. Aquilo era a Cuba que tinha visto em fotos!! Mas e o meu táxi? Uma carrinha de 9 lugares velha, apenas para mim, e sem cinto de segurança!
Naquele momento senti-me como um menino mimado que já não está habituado a viajar sem pudores. Mas tentei meter isso de lado, e fui aproveitando as vistas até chegar à casa onde iria ficar.
Primeiras horas em Havana
Algo que me deixou algo triste, e que não consegui ignorar, foi o cheiro a poluição. Devido ao embargo pelos Estados Unidos, o povo Cubano não tem conseguido comprar carros mais recentes. Os impostos de importação são demasiado elevados, e simplesmente não é possível para eles investirem num veículo novo. Com isto, o cheiro a poluição dos carros é bem evidente, e como menino da terrinha que sou, foi algo que senti logo e me deixou algo triste. Não desiludido, mas sim triste.
Assim que cheguei à casa particular fui logo apresentado a outros dois hóspedes, um do Gana ou Gabão, não me recordo agora, e outro de… PORTUGAL! Um português que vive na Irlanda! Irlanda do Norte, mas ainda assim, na mesma ilha que eu!
Ficámos na conversa por um bom bocado, e depois eles foram sair e eu fui jantar. Como estava cansado da viagem fui comer a um restaurante sugerido pelo anfitrião da casa. Ele avisou-me que não era grande coisa, mas que servia para matar a fome… E ele tinha razão. Não foi mesmo grande coisa. Comi um esparguete à bolonhesa, que mais parecia ter sido re-aquecido. E a carne estava com uns tons demasiado acastanhados… Mas a fome era alguma, e acabei por comer tudo. Para acompanhar fui para uma cerveja. Quebrei a abstinência de álcool que já durava há uns 4 meses!
De volta à casa fui logo dormir, no dia seguinte esperava-me mais viagens. Só fiquei a primeira noite em Havana porque tinha de ser, mas nem deu tempo de ver nada. No dia seguinte fui logo para a segunda paragem da viagem!
E assim foi o primeiro dia de duas semanas em Cuba!
De Havana a Viñales
Acordar foi uma sensação de nostalgia brutal! Okay, isto soa bem estranho, mas passo a explicar… Apesar de estar no meio de uma cidade, acordei com rolas a rolar! Como disse antes, sou um menino do campo. Acordar ao som de galos, pombos, rolas e outros pássaros fez parte da minha infância. É curioso que nunca tinha notado as saudades que tinha de acordar no meio da natureza até voltar a acordar ao som das rolas. E volto a repetir, isto em Havana! Cuba é um país bem especial, fui percebendo isso ao longo das duas semanas em que andei a passear por Cuba.
Ao contrário do que me disseram antes de vir para Cuba, e do que encontrei nas minhas pesquisas, já existe internet em Cuba. Mas o sistema é algo ineficaz, temos de comprar um cartão que nos dá direito a uma hora de internet, mas apenas em alguns hotspots pela cidade. Como acordei cedo, optei por tentar comprar um desses cartões, mas não tive sorte. Já estavam esgotados. Algo que também acontece frequentemente, algumas pessoas fazem negócio destes cartões em revenda. Tudo serve para fazer dinheiro em Cuba…
De volta para a casa particular e esperar pelo taxi para Viñales. Uma forma barata de viajar em Cuba é por taxis colectivos, existem várias rotas já pré-estabelecidas e fica mais baratos do que viajar de autocarro. A minha viagem de cerca de 30 minutos do aeroporto à casa particular foi mais cara do que a minha viagem de cerca de 2 horas até Viñales!
A viagem de Havana a Viñales foi tranquila, conheci um casal de franceses e falámos um pouco durante a viagem, mas não muito. Eu estava cansado, eles estavam cansados, e só falámos um pouco no início e na paragem que fizemos para comer.
Fui o primeiro a ser deixado pelo taxi, e não voltei a ver os franceses em Viñales. Apesar de ser uma vila pequena, a oferta de actividades é tal que acaba por ser relativamente normal não nos cruzarmos com as mesmas pessoas.
Passeio de Taxi em Viñales
Assim que entrei na casa particular fui apresentado aos meus anfitriões e outro casal que também lá iria ficar. Família extremamente simpática e bastante prestável, ajudaram-me a decidir sobre o que ver, e em menos de 1 hora já estava noutro taxi para explorar a zona de Viñales. Não havia tempo a perder!
Colei-me ao casal que estava a ficar na casa, um casal de Holandeses que não falavam quase nada de espanhol. Acabei por funcionar como o intérprete deles durante o dia quase todo.
Gruta do Índio
A primeira paragem foi na Gruta do Índio. Um local bastante popular tanto por turistas como por Cubanos. Ao chegarmos parecia que seríamos os únicos a visitar a gruta, quase sem vivalma na parte de fora. Depois de pagarmos, entrámos na gruta com um guia e mais algumas pessoas, e por vários metros fomos simplesmente apreciando o pouco de especial que aquela gruta tem.
Devo confessar que estava a ficar um pouco desiludido, até que… uma fila à nossa frente dentro da gruta… Uma fila que nem dava para ver onde terminava, pois com as irregularidades de uma gruta é complicado perceber onde termina seja o que for.
A fila demorou e demorou, acho que estivemos cerca de 1 hora naquela fila, e sinceramente não tinha assim tanto interesse. Mas a curiosidade ia aumentando, afinal de contas segundo a descrição do taxista íamos andar de barco dentro de uma gruta. Sim, esse era o objectivo daquela visita, andar de barco dentro de uma gruta! E claro que uma actividade dessas atrai imensos turistas, e a um domingo também muitos turistas Cubanos.
Quando já dava para ver a água oiço alguém falar português de Portugal! Dois dias consecutivos e dois portugueses! Depois de tantas viagens, em que encontrar um português é coisa rara, nos meus primeiros dois dias em Cuba foram logo dois! Obviamente, tal como eu, também estava ali para andar de barco na gruta. Mas eu estava à frente dele, não deu para muita conversa pois já estava a chegar à minha altura de entrar no barco.
Depois de cerca de uma hora de espera, lá entrámos no barco para uma viagem de pouco mais de 5 minutos. Em certas partes o rio chega a ter 6 metros de profundidade, e estende-se por mais de 1 km, no entanto nem tudo é navegável por ser demasiado apertado para um barco passar.
A experiência tem algum interesse, é engraçado navegar dentro de uma gruta e ver os efeitos das estalactites, mas o melhor é mesmo a saída. Estar dentro de um barco dentro de uma gruta e ver a claridade do exterior é bem interessante! No entanto, até o Lonely Planet descreve a experiência como nada espectacular. E eu concordo.
Gruta dos Mórons
Dali voltámos para o taxi e fomos visitar a Gruta dos Mórons, a descrição do taxista é que era apenas uma pequena gruta e que tínhamos de pagar no restaurante que estava mesmo à entrada da gruta. Infelizmente não sabia do que se passava e confiei na palavra dele, mas pelo que pesquisei depois é simplesmente o maior sistema de grutas de Cuba…
Não iria dar para visitar a gruta devidamente, tendo em conta que começámos o passeio depois de almoço. Mas ainda assim, lamento não ter pesquisado devidamente antes de ir a Viñales. E eu que pensava que desta vez até ia bem preparado…
Muro da Pré-histórica
Continuámos o nosso passeio de taxi, e fomos visitar mais um ponto de visita excelente para extorquir turistas. O Muro da Pré-histórica. Mais uma vez o taxista evitou que gastássemos dinheiro, e desta vez até apreciei o gesto. É uma pintura interessante de ver, mas nada de extraordinário. Simplesmente um grande mural numa das faces dos Mogotes com temas da Evolução desde o Big Bang até ao Ser Humano. É engraçado para algumas fotos, que tirámos de longe, e nada mais.
Vistas sobre o Vale de Viñales
O ponto alto do passeio ficou para o final. Fomos a um hotel com um miradouro brutalíssimo para o Vale de Viñales. As vistas lá de cima deixaram-me de boca aberta, e a minha câmara cheia de várias fotografias!
E nesse mesmo hotel foi onde comprei o meu primeiro cartão para a internet. Estupidamente caro! 2€ por um cartão que apenas me deu para uma hora de internet… Ao todo gastei demasiado dinheiro só com a internet, e eu que pensava que até tinha feito um pseudo-detox de internet na minha viagem a Cuba…
O passeio de taxi terminou num outro hotel, para ver o pôr-do-sol numa piscina. Mas a vista não me impressionou assim tanto, e nem era o melhor local para ver um pôr-do-sol. Lá voltámos nós para a casa onde estávamos a ficar.
Ao chegar à casa meti-me à conversa com o filho dos anfitriões, que é médico em Cuba. Cuba forma imensos médicos, e é algo que eles têm imenso orgulho, as condições médicas para os locais são bastante boas. Ele tinha como objectivo ir para o Brasil trabalhar por uma temporada, mas segundo ele o novo governo brasileiro pôs termo ao acordo que existia entre Cuba e o Brasil. Ele continua por Viñales, mas sem um objectivo em concreto para onde ir a seguir.
Para o jantar segui uma das recomendações do Lonely Planet, e fui jantar aos 3 J. Muito bom mesmo! E o staff bastante simpático. Não é à toa que é uma das recomendações principais do Lonely Planet.
Conhecer o Vale de Viñales
Terceiro dia, sempre sem parar. Logo quando cheguei a Viñales me deram a saber quais as possibilidades para conhecer o vale. Claro que a grande maioria implicava excursões, mas é a forma de fazerem negócio, o que até se compreende.
Voltei a colar-me ao casal de holandeses, desta vez para um passeio a cavalo pelo Vale de Viñales para ver as plantações de tabaco. Nunca tinha andado de cavalo, e ia com algum receio. O que me disseram para me descontrair é que os cavalos já vão em piloto automático… Sim, foi mesmo isso que me disseram…
A cavalo pelo Vale de Viñales
Fomos de taxi num coche puxado a cavalo até à casa do guia. Ele não falava nada de inglês, e o casal holandês muito pouco ou nada de espanhol. Adivinhem lá? Yep, fui novamente o intérprete do grupo…
Fui o último a ter um cavalo, fomos sendo apresentados aos cavalos um a um. Cada cavalo com um nome relacionado com algum cocktail. O meu cavalo chama-se Mojito, em tons de cinza e algumas manchas pretas. Um cavalo com alguma personalidade, e que por algumas vezes me deixou algo tenso.
Assim que começámos a andar o guia deixou-nos logo a seguir viagem. Quase sozinhos. E sim, parecia que os cavalos estavam em piloto automático, já sabiam para onde ir. No entanto, o meu também sabia o que queria…, a cada oportunidade parava para comer alguma coisa…
De inicio nem sabia bem o que fazer, o guia disse-me para puxar com força, mas estava com receio de magoar o cavalo. Mas depois de vezes sem conta, lá tive de começar a ter pulso para o controlar.
Quando ele se colocou a trote, sem motivo aparente, também me assustou. De passo lento de repente passei aos pulos, sem perceber bem o que se estava a passar! E o guia? Nem vê-lo! Tinha ficado para trás a falar com alguém… Devo dizer que dói um pouco para quem não está habituado…
As plantações de tabaco de Viñales
Passámos por várias plantações de feijão, cana do açúcar e tabaco até chegarmos à fazenda onde nos deram a explicação de como o tabaco é produzido. Desde a semente até ao charuto. É uma experiência muito interessante, e perceber todos os cuidados que têm de ter. Ainda para mais tendo em conta as restrições a que estão sujeitos, visto que fazem parte do Parque Nacional.
Um dos motivos pelo qual fomos a cavalo para a fazenda de tabaco deve-se às restrições do Parque Nacional. Não é permitido o uso de maquinaria, químicos e tudo o que não é natural no parque. Ou seja, se visitar Cuba já é quase como viajar no tempo. Visitar Viñales é ir para bem antes dos anos 60. Transportes? Cavalos! Até o cultivo está sujeito a estas restrições, com uso de vacas e cavalos com arados para mexer o terreno, sem uso de químicos que não naturais e todo o processo de secagem e preparação do tabaco (e afins), tudo de forma artesanal.
Quando chegámos, a primeira coisa que nos mostraram foi onde se secam as folhas de tabaco. Naquela altura do ano não havia muito para ver, apenas um barracão com várias traves para pendurar as várias toneladas de folhas. Também fizeram questão de referir, por várias vezes, que o governo taxa 90% do tabaco colhido, e que têm sempre alguém a controlar a produção. A taxa é mesmo sobre as folhas, que são logo levadas para as fábricas estatais. Ou seja, apenas 10% do produzido vai para os fazendeiros e os seus trabalhadores. Isso também justifica o preço elevado que cobram aos turistas por cada charuto…
Depois mostraram-nos como se enrola um charuto, a pessoa que nos estava a explicar tudo enrolou um charuto à nossa frente, de apenas 4 ou 5 folhas de tabaco. O resultado final foi impressionante! E com uma agilidade brutal!
Como referi antes, o uso de químicos é proibido nas plantações, mas podem usar produtos naturais. O produto mais eficaz que eles usam vem da própria folha de tabaco. O veio central tem cerca de 80 a 90% da nicotina e deve ser retirado da folha de tabaco, e esse veio é aproveitado como insecticida natural. Tudo é utilizado!
O Mel de Viñales
E um pouco de trivia para quem é vegano, os charutos de Viñales também usam produtos animal. Mel! Usam mel na fermentação das folhas, e para selar o charuto também usam mel. Isto tudo porque, como já disse várias vezes, têm de usar produtos naturais. Quanto à fermentação, sinceramente não sei se isso se aplica a todos os charutos e/ou tabaco em geral.
Até o mel é especial em Viñales, de umas abelhas que fazem a colmeia debaixo da terra e que é preciso alguém com muita experiência e conhecimento para encontrar essas colmeias. Não dá para domesticar essas abelhas, e aparentemente são únicas dessa zona. São abelhas sem ferrão, como tal, praticamente inofensivas. Mas o mel é bastante raro, como tal, caro…
No entanto, em Brisbane também vi abelhas do mesmo género, e deram-me uma explicação muito semelhante. Colmeias subterrâneas, abelhas bem pequenas e sem ferrão. Talvez uma sub-espécie da mesma família?
O mel não só é usado na fermentação e como “cola”, mas também para fumar! Isto foi das coisas que mais me surpreendeu. A forma correcta de fumar charuto em Cuba (ou em Viñales) é com mel! Molha-se a ponta, que se coloca na boca, em mel. E depois fuma-se! Dizem eles que serve de filtro natural e que ajuda a manter os lábios húmidos.
Uma coisa é certa, sabe bastante melhor fumar charuto assim!
Outra curiosidade sobre o mel das abelhas “subterrâneas”, é que, segundo o que nos disseram, o Che Guevara era asmático e que dizia que este mel o ajudava a controlar a asma quanto fumava.
O Café do Vale de Viñales
Continuando com as explicações na fazenda que estávamos a visitar, também lá colhem e preparam o próprio café. E claro, mais uma vez, sem qualquer tipo de maquinaria.
Os pés de café começam a dar bom fruto a partir dos 7-8 anos, no entanto a partir dos 5 anos já se começa a poder apanhar grãos. Depois de colhido, é seco ao sol, de forma tradicional. Este processo mais lento faz com que os açúcares do fruto alterem o sabor do café para algo mais suave. Cheguei a provar o fruto do café, aliás, o pouco sumo que dá para tirar da fina casca que protege o grão. E sim, é doce!
Depois da casca secar, chega o momento de a separar do grão. Para tal usam algo como um almofariz gigante, que com a pressão separa os grãos das cascas secas. E só falta torrar! E adivinhem lá como fazem? Yep, de forma tradicional também. Num forno a lenha!
Rum de Pinar del Rio
E para terminar a nossa visita à fazenda, deram-nos a provar um rum bastante raro e que também é feito de forma tradicional. Para este rum usam um fruto que apenas se dá na região de Pinar del Rio, zona onde fica Viñales. Esse fruto chama-se guayabita, e que dá as características especiais a este rum.
Tentaram plantar esta árvore noutras partes de Cuba, mas não conseguiram fazer com que a planta se desse com o clima e terreno das outras partes da ilha. O que torna este rum ainda mais especial.
Para aumentar a raridade deste rum, é feito apenas durante parte do ano. Principalmente por causa do limite de frutas que têm disponíveis. Acabei por não comprar, achei que seria mais uma daquelas coisas de turista que acabaria por ficar numa estante a encher de pó. Mas não hesitei em o provar.
Ficar numa casa familiar
Uma das coisas que se recomenda mais quando se visita Cuba é a ficar em casas particulares, estabelecimentos geridos por uma família e com apenas uns 2 ou 3 quartos disponíveis. As condições não são as de um hotel de 5 estrelas, mas a atenção dada é certamente bem melhor que num hotel.
Em Viñales foi onde tive a minha melhor experiência, e prova disso foi a recepção que nos esperava quando voltámos do passeio a cavalo. O holandês que estava comigo fazia anos e os donos da casa preparam-lhe uma festa surpresa com a familia deles. Houve bebida, bolo e muita dança. Mas acima de tudo, muita humildade e pura genuinidade em no que nos estavam a oferecer.
Esta experiência marcou-me logo pela positiva nos meus primeiros dias em Cuba.
Depois de ir jantar fora voltei para a casa e passei algumas horas a jogar dominó com a dona da casa e com o casal holandês. Senti-me completamente em casa e com uma nova família.
E isto foi a Cuba que me foi apresentada!
Leave a Reply