A Áustria é um pequeno país mesmo no coração da Europa que teve um grande impacto a nível global. Não só devido ao Império Austro-húngaro, mas muito devido à influência que teve em quase todas as dinastias europeias.
Mas história à parte, é um país muito bonito e com grande reputação devido à sua geografia. Com uma área significativa dos Alpes, e com um dos rios mais importantes da Europa a cruzar a sua capital, o Danúbio.
Capital: Viena
Idioma oficial: Alemão
Moeda: Euro [ € ]
Fuso horário: CET / CEST (+1 hora que Portugal)
Área total: 83 879 km2
População: 8 857 960
Condução: à direita
Clima: o clima é essencialmente continental, com verões quentes e húmidos, e invernos frios e secos. Nas zonas norte e ocidentais tem um clima continental húmido, enquanto que nas zonas centro, norte-centro, sul e oeste tem um clima oceânico. Nas zonas montanhosas tem um clima alpino.
Um pouco da história da Áustria
Basta olhar para o mapa da Europa para perceber que a Áustria fica numa posição extremamente estratégica. Antes dos tempos da era Romana esta zona foi habitada por várias tribos Celtas. E mais tarde, o reino Celta de Noricum foi proclamado como parte do Império Romano e convertido numa província.
Na Idade Média
Depois da queda do Império Romano, a área foi invadida por Bavaros, Eslavos e Ávaros. Em 788 foi conquistada pelo Rei dos Francos, que colonizou e introduziu a religião cristã.
O primeiro registo com referência ao nome Áustria aparece em 996, Ostarrîchi, em alto-alemão antigo, em referência ao território da casa Babenberg. Em 1158 a Áustria foi elevada a grau de ducado, e em 1192 a casa Babenberg também adquiriu o Ducado da Estíria.
Com a morte de Frederick II em 1246 a dinastia dos Babenberg terminou. Ottokar II da Boémia assumiu o control dos ducado da Áustria, Estíria e Caríntia. O seu reinado terminou em 1278, e daí até à Primeira Guerra Mundial, a história da Áustria é essencialmente dominada pela dinastia dos Habsburgo.
Os Habsburgos começaram a expandir a sua influência além fronteiras, e também a expandirem o território. Em 1438, o duque Alberto V da Áustria foi escolhido como sucessor do seu sogro, o Imperador Sigismund. A partir daí, com apenas uma excepção, o Sacro Império Romano-Germânico teve sempre imperadores da casa Habsburgo.
Através de casamentos e acordos, os Habsburgos chegaram a várias casas reais europeias. Até a Portugal, pela Dinastia Filipina.
O início da fusão com a Hungria
Em 1526, depois de uma batalha, a Boémia e parte da Hungria passaram a ficar sob o domínio Austríaco.
Durante o reinado de Leopoldo I, após a defesa bem sucedida de Viena contra os Turcos, a maioria do território húngaro passou a ficar sob o domínio Austríaco.
O século XIX e início do século XX
Durante a época das guerras Napoleónicas, também a Áustria foi bem afectada, com várias derrotas que ditaram o fim do Sacro Império Romano-Germânico em 1806. Dois anos depois o Império Austríaco foi criado. Em 1814 as forças Aliadas (da qual a Áustria fazia parte) invadiram França e ditaram o fim das guerras Napoleónicas.
Do Congresso de Viena em 1815 a Áustria tornou-se numa das quatro potências dominantes na Europa. Nesse mesmo ano a Confederação Alemã foi criada sob a presidência da Áustria. Devido a conflitos sociais e politicos, os estados alemães sofreram algumas revoluções com o intuito de criar uma Alemanha unida. As opções eram uma Grande Alemanha ou uma Grande Áustria, ou apenas a Confederação Alemã sem a Áustria.
Como a Áustria não queria ceder os seus territórios alemães para o que se iria tornar num Império Alemão, a coroa do novo império passou para o Rei da Prússia. Em 1864 a Áustria e a Prússia lutaram em conjunto contra a Dinamarca e garantiram a independência de dois ducados. No entanto estes dois ducados resultou na origem de uma guerra entre a Áustria e a Prússia, que levou à saída da Áustria da Confederação Alemã.
O Compromisso austro-húngaro de 1867, define a soberania dual do Império Austríaco e do Reino da Hungria sob a liberação de Franz Joseph I. O Império Austro-húngaro incluía um vasto e diversificado grupo étnico, vários grupos eslavos e também italianos e romenos.
Esta diversidade étnica e regional fez com que fosse bastante complicado manter a união do império, dando origem a vários movimentos nacionalistas. O governo Austríaco tentou manter a união de várias formas, como por exemplo, ao não proibir e até facultar o ensino dos idiomas nativos nas respectivas regiões.
Mas esta diversidade étnica também afectou os austríacos nativos em alemão, que defendiam uma identidade étnica alemã e apoiavam uma união com os outros estados alemães e o colapso do império.
O envolvimento nas Guerras Mundiais
Em 1908 o império anexou a Bósnia e Herzegovina. E em 1914 o arquiduque Frans Ferdinand foi assinado em Sarajevo, o serviu de pretexto por parte dos políticos austríacos a persuadirem o imperador a declarar guerra à Sérvia, o que resultou no começo da Primeira Guerra Mundial e por sua vez à dissolução do império.
Após o final da Primeira Guerra Mundial a união entre a Hungria e a Áustria foi dissolvida, ficando os estados nativos em alemão para a Áustria com excepção da área do Tirol do Sul (Bolzano) que ficou para a Itália.
Mais de 3 milhões de nativos falantes de alemão austríacos ficaram excluídos das novas fronteiras da nova República Austríaca, como minorias nos novos estados da Checoslováquia, Jugoslávia, Hungria e Itália. Incluindo as províncias do Tirol do Sul e da Boémia Alemã (Checoslováquia), que mais tarde foram parte da ignição para a Segunda Guerra Mundial
A 12 de março de 1938 o partido Nazi Austríaco tomou posse do governo, enquanto as tropas alemãs ocupavam o país. O que impediu um referendo que iria declarar o país como independente da Alemanha. No dia seguinte a ocupação da Áustria foi oficialmente declarada, o Anschluss. Dois dias depois, o austríaco Hitler anunciou em Viena a “reunificação” do seu país Natal com o “resto do Grande Reich Alemão“.
Apesar dos austríacos apenas representarem cerca de 8% da população do Terceiro Reich, alguns dos Nazis com cargos mais elevados eram austríacos. Tal como mais de 13% dos SS e 40% do pessoal responsável dos campos de exterminação.
A tomada de Viena foi a 13 de abril de 1943, durante a ofensiva soviética, pouco tempo antes da queda do Terceiro Reich.
Depois das guerras e actualidade
Tal como a Alemanha, a Áustria também foi dividida em zonas Americanas, Britânicas, Francesas e Soviéticas. O país recuperou a independência total em 1955, e depois das tropas de ocupação saírem a 26 de outubro declarou a sua “neutralidade permanente”, que hoje é celebrado como o Dia National.
A Áustria juntou-se à União Europeia em 1995 depois de um referendo em 1994 que teve a aprovação de mais de dois terços.
Algumas curiosidades sobre a Áustria
- O nome alemão para Áustria, Österreich, significava “reino oriental”.
- A bandeira austríaca é uma das bandeiras nacionais mais antigas do mundo, data de 1191.
- A máquina de costura foi inventada por um austríaco, Josef Maderspergr.
- Viena tem o Jardim Zoológico mais antigo do mundo, foi fundado em 1752.
- O fundador da empresa alemã de carros “Porsche”, Ferdinand Porsche, era austríaco.
- Os Alpes Austríacos ocupam cerca de 62% do país.
- Os postais apareceram pela primeira vez na Áustria.
- A maior gruta de gelo do mundo fica em Werfen, e tem uma extensão de 42 quilómetros.
- A Áustria é um país pequeno, no entanto tem fronteiras com oito países: Alemanha, Chéquia, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Itália, Suíça e Liechtenstein.
- O país tem 13 picos acima dos 3000 metros, e 34 picos acima dos 2000 metros.
- Esquiar é o desporto mais popular da Áustria há mais de 100 anos.
- “Oetzi” morreu há cerca de 5300 anos e é o homem das cavernas mais bem preservado no mundo, foi encontrado no Vale Oetz no Tirol.
- A primeira mulher a ganhar um prémio Nobel foi a austríaca Bertha von Suttner, em 1905.
- O palácio Schönbrunn (conhecido como palácio da Sissi) tem mais de 1440 quartos.
- Viena tem uma das ruas mais invulgares da Europa. A Ringstraße é uma alameda circular, de acordo com as muralhas do século XVI.
- Arnold Schwarzenegger nasceu na Áustria.
- Muitos compositores clássicos de renome nasceram no território que é hoje a Áustria, como Mozart, Haydn, Schubert, J. Strauss, Bruckner e Mahler.
- A bebida energética Red Bull foi criada na Áustria.
- Sigmund Freud nasceu em Viena.
- O parque de diversões mais antigo do mundo fica em Viena, o Prater.
- Viena é a única metrópole na Europa com uma região vinícola dentro dos limites da cidade. A região tem o nome de Wien (Viena).
- A Áustria não tem costa, é um dos poucos países da Europa sem acesso directo ao mar.
- O café é uma parte muito importante da cultura de Viena.
Qual a melhor altura para visitar a Áustria?
Qualquer altura do ano é uma boa altura para visitar o país, e tendo um clima continental e alpino as opções variam imenso consoante a altura em que visitam o país.
Visitar a Áustria no inverno
Devido aos Alpes os desportos de inverno são bastante populares, o que faz desta altura do ano também mais cara nas zonas montanhosas. Não tão caro como a vizinha Suíça, mas com um ambiente mais rústico e genuíno.
Já no que respeita às cidades, esta é uma época que é considerada baixa. Então ao contrário das zonas alpinas, os preços são mais baixos em geral.
Visitar a Áustria na primavera
A altura da primavera é bastante curta, basicamente abril e maio. As temperaturas são ainda um pouco baixas, mas confortáveis o suficiente para quem gosta de caminhadas e lagos.
Apesar de já ser uma altura bastante soalheira, convém ir preparado para alguma chuva. O tempo é bastante imprevisível.
Visitar a Áustria no verão
O verão é a época alta no país, com muitos turistas e preços mais elevados. Mas também é a altura perfeita para fotografar os Alpes e aproveitar a natureza ao máximo. De realçar que junho é o mês mais chuvoso da altura do verão, mas também o mês com mais festivais.
Visitar a Áustria no outono
As temperaturas no outono são muito similares à primavera, com uma grande diferença. Enquanto que a primavera é mais chuvosa, no outono o tempo é bastante mais seco e céus azuis.
Para quem gosta das cores outonais, é mesmo a altura prefeita para visitar o país. Muito popular para caminhadas e cicloturismo, e se forem em setembro as temperaturas ainda são razoavelmente quentes, mas com muito menos gente.
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