Cheguei ontem da minha viagem, e como tal pensei que seria interessante falar dos últimos 15 dias, mas citando uma das pessoas que foi na viagem, a Daniela
What happens on the road…, stays on the road.
Não poderia estar mais de acordo, já tinha ouvido a versão desta frase no que respeita a Erasmus e de facto é algo com bastante sentido, o que para nós faz sentido para os outros pode fazer. Não é que tenha alguma coisa a esconder da viagem ou mesmo da minha (ainda curta) experiência como Erasmus, tenho mesmo! Mas é algo que só tem sentido para quem as viveu, mesmo que relatado ao detalhe nunca terá o impacto que teve para nós, nunca iria conseguir traduzir em palavras as nossas experiências.
No entanto, à semelhança das outras mensagens relacionadas com este tipo de experiências/Erasmus, apetece-me deixar em aberto algumas expectativas com o meu balanço pessoal da viagem.
Um pouco da história da viagem de carro…
Dos 15 dias de viagem, apenas 3 noites foram num hostel (bastante mau) em Budapeste, o resto da viagem resumiu-se a couchsurfing, algo que já referi por diversas vezes em outros artigos. A primeira vez que ouvi falar em couchsurfing pensei “Lá se vão os meus rins…“, no entanto deparei-me com algo mais do que alojamento de borla, apesar de isso ser um dado realmente tentador (garantidamente que muitos o usam apenas por este factor).
É uma excelente oportunidade para conhecer gente nova, realmente conviver com pessoal da cidade que visitamos e termos alguém que nos dê indicações do que realmente vale a pena ver/fazer. Durante estes 15 dias conheci gente excepcional e neste momento encaro o couchsurfing como um projecto realmente sério e importante, não tive o luxo de hotéis mas tive contacto com pessoas realmente formidáveis.
Visitei também locais fantásticos, um deles até foi um dos candidatos a New Seven Wonders of the World, Schloss Neuschwanstein, fizemos viagens “relâmpago” por Chemnitz e Innsbruck, revi (e revivi) Salzburg e Regensburg, passámos por Nuremberga, Munique e Budapeste onde fiquei com a sensação que deixei mesmo muito para ver e sem dúvida cidades a querer voltar, conheci Viena na perspectiva de um pobre…, é uma cidade espectacular para quem tem dinheiro…, e adorei Bratislava, não sei se hei-de lá voltar mas sem qualquer sombra de dúvidas que foi a minha cidade preferida nesta viagem.
Quinze dias de viagem em grupo é algo fenomenal em todos os aspectos, nomeadamente a nível de relações pessoais com quem vamos viajar, este aspecto foi realçado por um dos nossos hosts, o NORBS. Em 15 dias não dá para fingir que somos outras pessoas, é algo bastante intensivo e ficamos a conhecer bem com quem viajamos, por vezes conhecemo-nos melhor em 15 dias do que em vários meses ou até anos…, que digam os casais que namoraram anos a fio e que ao fim de 1 ano de casamento já estão divorciados…
Julgo que basta de palavras vazias e sem qualquer sentido, deixo ao critério de cada um interpretar como foi a minha viagem, um diário de bordo só teria sentido para nós os quatro e julgo que cada um de nós apenas quer deixar essa informação bem guardada nas nossas memórias!
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