Agora que estou de volta, está na altura de analisar como correu o meu plano no que respeita a bagagem? Terá sido demais? Ou de menos? Foram dois meses na Austrália, sempre a saltar de hostel para hostel, acampar, passar duas noites num veleiro, e muitas mais aventuras. Antes de embarcar numa viagem deste calibre, claro que tive de pensar em como preparar a mala para a Austrália, o que levar para não condicionar demasiado a minha mala.
Gadgets
- MacBook Pro (o modelo que tenho é bem mais antigo, tem uns 7 anos)
- câmara fotográfica Nikon D5100 + lente 18-55
- bateria extra para a Nikon
- filtros para lentes da câmara
- mini tripé
- lente Nikkor 70-300
- GoPro HERO4 BLACK
- 2 baterias extra para a GoPro + adaptadores USB e isqueiro de carro (já não existe o pack para a HERO4)
- cartões de memória
- Selfie Stick para a GoPro
- Suporte para a GoPro para colocar no peito
- Disco Externo WD My Passport
- iPhone
- Nokia Windows Phone
- cabos para os telemóveis, câmaras e MacBook Pro
- bateria extra portátil (o modelo que tenho é de 6600mAh, mas não o comprei na amazon)
- adaptador de corrente Swiss Travel Adaptor
- Pebble Time Steel
Bem, esta lista é simplesmente gigante! Olhando para a lista abaixo, dá para ver bem quais foram as minhas prioridades nesta viagem… De tudo o que está nesta lista, usei absolutamente tudo! Houve uma coisa que usei menos, e que em parte me arrependo de ter levado na mala para a Austrália, que é o suporte para o peito da GoPro. Só o usei uma vez, e não achei muito prático, curiosamente o selfie stick foi o que usei mais (apesar de ser um apologista de que é um acessório algo parvo, quando usado exclusivamente para selfies…).
No que respeita aos cartões de memória, acabei por usar todos, e o disco externo tinha como propósito de ser uma cópia de segurança extra às fotos. Felizmente não fui roubado, mas foi sempre uma tranquilidade ter três cópias de tudo, no mac, no disco externo e nos cartões de memória. (Irei escrever um artigo sobre isto mais tarde).
Já sobre os telemóveis, aposto que acharam estranho ter dois telemóveis na lista. Porquê dois? Como fui numa viagem longa, levei três cartões de crédito/débito comigo de duas contas bancárias diferentes, e estava com algum receio de ter algum dos cartões clonados, daí ter mantido um dos telemóveis com o meu número activo (irlandês) e outro com o novo número australiano, que usava para chamadas locais.
Quanto ao Pebble…, acabou por deixar de funcionar…, mas isso é outra história…
Roupas e higiene (e extras)
- mala de viagem Lowe Alpine TT
- backpack The North Face Jester
- 6 cubos de viagem
- 6 T-shirts
- 1 calções
- 2 cintos
- 1 chapéu
- 1 sweatshirt
- 1 camisola de lã (fina)
- calças de hiking
- calças de ganga
- camisa de manga curta
- 1 camisola com capuz
- botas de hiking
- calções de banho
- 8 pares de meias
- 6 boxers
- corta-vento
- toalha da banho de viagem de micro-fibra
- escova de dentes
- pente e óleo para a barba (sim, convém manter alguma higiene nisto)
- havaianas
- cachecol-capuz de desporto
- ténis de corrida/caminhada
- livro
- fronha de almofada
- garrafa de água
- óculos
- óculos de sol
- bloco de notas
Disto tudo, só houve duas coisas que nunca usei, a camisola de lã, que levei com o objectivo de vestir caso saísse à noite, mas os bares lá são bem mais relaxados e apenas exigem “não estar em tronco nu, e nada de havaianas ou descalço“, portanto nunca precisei de usar essa camisola. E o cachecol, levei-o pois no final da viagem apanhei o inicio do Outono em Melbourne e poderia ficar frio, mas não chegou às temperaturas que esperava (e ainda bem).
Quanto à fronha de almofada, o uso foi bem diferente do que podem pensar. Em viagens anteriores usei sacos de plástico para a roupa suja, o problema disto é que a roupa fica a cheirar muito mal e quando misturado com roupa húmida, ainda pior! O motivo é que não há qualquer tipo de respiração dentro dos sacos de plástico. Já com a fronha de almofada, a roupa não cheira tão mal, e a roupa húmida não fica com o cheiro de podre… Além do mais, dá para lavar a fronha de almofada com o resto da roupa, ou seja, até o “saco da roupa suja” é lavado! Em dois meses de viagem, duvido que um saco de plástico fosse suficiente, e esta opção além de ser mais económica e higiénica, é também mais amiga do ambiente.
Durante dois meses deu para conhecer muita gente, e claro, deu para ver muitas malas de viagem. Tenho a dizer que não encontrei ninguém com menos bagagem do que eu! Senti um enorme orgulho nisso, não andei carregado, e nunca tive de usar a mesma roupa sem estar lavada. Fiquei com a ideia de que preparei muito bem a mala para a Austrália. No entanto, claro, tinha de lavar a roupa a cada 6 dias e tinha de planear as “lavagens” de acordo com as aventuras.
O que comprei ao longo da viagem
- corta-unhas
- almofada de viagem, insuflável
- almofada de viagem de esponja
- toalha de praia
- saco térmico
- saco para viagem sem zips
- óculos de sol
- produtos de higiene
- cartão de memória SanDisk Extreme Pro 32GBs (mini)
Porquê algumas destas coisas? Corta-unhas e produtos de higiene, como não fiz check-in de bagagem nenhuma na ida para a Austrália, tive de deixar algumas coisas em terra, como líquidos e o corta-unhas (que não se pode levar na bagagem de mão). Sim, a minha bagagem era tão minima que pude levar tudo comigo!
Quanto à toalha de praia, simplesmente alguém roubou (ou levou por engano) a minha toalha de viagem…, tive de comprar outra… E os óculos de sol, perdi os que tinha, e tive de comprar uns novos…
Já em relação ao cartão de memória, tive alguns problemas com a GoPro, em que o apoio técnico me disse que o motivo era de incompatibilidade do cartão. Não era. O problema foi com o cabo usado…, mas pronto, gastei dinheiro desnecessariamente se eles me soubessem ajudar devidamente…
As almofadas de viagem. Bem, foi simplesmente uma oportunidade que apanhei, encontrei aquela almofada modular e como estava em promoção aproveitei. Foi uma grande ideia, visto que a outra almofada insuflável era algo desconfortável e até dormia bem pior com ela do que sem nada…
Os sacos… O saco térmico, acho que o motivo é óbvio, andava sempre de um lado para o outro e a comer nos hosteis, portanto convinha ter algo para me conservar a comida entre cidades. O outro saco? Para andar nos veleiros não podemos levar anda com fechos de zips! Nada mas mesmo nada! O motivo é que os percevejos de cama (nunca ouvi tal nome, tive de traduzir de inglês para português…) se escondem nos zips, e em barcos é um grande problema, então simplesmente proíbem qualquer saco com fechos de zip.
Em suma, consegui organizar-me mesmo muito bem para uma viagem de longa duração levando pouca coisa, e ainda assim acabei por listar duas coisas que nunca cheguei a usar! Moral da história, dá sempre para reduzir no que se leva dentro da mala, nunca vamos precisar de tudo, nunca vamos usar tudo o que levamos.
Em viagens de curta duração, isto não é um grande problema, são apenas uns dias e se não usarmos tudo não custa muito carregar a mala. Mas em viagens de 1 mês ou mais, o peso da mala começa a tornar-se um problema, e começa a ser cada vez mais chato arrumar a mala entre cidades, e começa a ser mais fácil perder coisas, e afins. A mala de viagem é suposto ser aquela coisa onde temos o que precisamos sem ser um incómodo, após algumas semanas acreditem, vão detestar a vossa mala se a tiverem de carregar e arrumar demasiado…
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