Dia um de Janeiro de 2016, que melhor forma de fazer um Regresso ao Passado no primeiro dia do ano, do que analisar o ano anterior todo? Após o artigo sobre os objectivos que tinha para 2015, e os novos para 2016, este é o artigo onde vou entrar mais em detalhe no que respeita ao progresso no blog e ao trabalho de bastidores que existiu para sobreviver mais um ano.
Artigos publicados em 2015
No inicio do ano instalei um plug-in no blog para separar os artigos em Português dos em Inglês, criando dois feeds diferentes para públicos-alvos diferentes. Os artigos em Inglês escritos em 2015, com uma excepção, são todos traduções de artigos que já estavam escritos em Português.
Em média publiquei 4 artigos por mês, Fevereiro foi o mês que teve menos artigos com apenas 2 publicados e Novembro o que teve mais, com 7. Faz pouco sentido transformar este artigo numa listagem de artigos, como tal vou realçar apenas alguns dos meus favoritos.
Apesar de bem curto, é um dos meus artigos preferidos por falar numa rota que adoro. É também uma rota que pretendo vir a explorar mais a fundo, e também vir a escrever mais artigos sobre a mesma. Existe tanto na Irlanda para conhecer, mas percorrendo esta rota passamos por alguns dos locais mais fantásticos da ilha num dois em um.
5 lugares em Portugal a visitar
Este foi o meu primeiro artigo estilo lista que escrevi, um pouco farto da ideia do que é Portugal para quem é de fora, decidi criar a minha lista de locais que são bem conhecidos (ou não) por quem é de Portugal, mas facilmente ignorados por quem vai visitar o nosso cantinho. Tantos locais que gostaria de colocar na lista, mas decidi escolher os que me trazem melhores memórias. Visto que teria de escolher alguns para a lista, o melhor critério é ser completamente parcial e escrever com base em memórias, com tanto para ver, uma lista de cinco locais é apenas só mais uma lista a juntar a tantas outras.
A minha lista de “Coisas a Não Esquecer”
Escrevi este artigo após falar com algumas pessoas, e aperceber-me que cada um tem o seu próprio método, uns demasiado organizados, outros simplesmente atiram roupa para dentro da mala. Após cada viagem faço uma análise de como correu o “fazer da mala“, e cheguei à conclusão de que há coisas que têm de entrar sempre na minha mala, quase uma lista de “Coisas a Não Esquecer”.
Escrevi muitos mais artigos durante 2015, claro, mas estes foram os que me deram mais gozo escrever. Não foi simplesmente narrar uma experiência, mas sim ter de pesquisar e falar com pessoas para juntar dados. Podem (ainda) não ser dos meus artigos mais populares, mas são sem dúvida parte da minha aprendizagem. Uma das coisas que me recuso a fazer, é escrever com estatísticas em mente. Claro que é agradável ver artigos tornarem-se virais (ainda não aconteceu), ou ver que muitas pessoas chegam a alguns artigos meus, mas o meu objectivo é escrever porque gosto e para quem quer ler. Qualidade primeiro.
No entanto, e como percebi no ano passado, é também importante olhar às estatísticas e dar-lhes importância até certo ponto. Mas mais importante, pedir opiniões (obrigado a todos os que me têm enviado mensagens). Como tal, tendo por base as estatísticas dos anos anteriores, aqui ficam algumas estatísticas e análises deste ano.
Estatísticas no blog em 2015
Com um total de 52 artigos publicados, em 2 idiomas, escrevi mais do dobro dos artigos em 2015 do que em 2014! Olhar para estas estatísticas é bem gratificante, perceber que objectivos foram excedidos. No que respeita a visualizações, tinha como objectivo não-definido de ter mais visitas por mês do que Dezembro passado, algo que foi alcançado também! Ou seja, 2015 foi um excelente ano.
Estatísticas das redes sociais em 2015
Neste momento estou a gerir as redes sociais de duas formas distintas, activamente ou de forma automatizada. Como seria de esperar, as redes sociais onde de facto invisto tempo são as que me dão mais retorno de visitantes para o blog, das outras recebo poucas visitas e ou as mantenho activas por interesses variados, ou simplesmente desisti delas. Tudo explicado mais abaixo em detalhe.
Curiosamente, não tenho muitas visitas provenientes do Twitter, no entanto é a minha rede favorita para descobrir matéria nova. Uma das coisas que aprendi ao longo deste ano é no respeito à partilha de informação de terceiros. Para ter pessoas interessadas em seguirem as minhas contas é importante pensar em escrever para os seguidores e não só para nós, partilhar o que eles querem ler. Não sigo nenhuma métrica religiosamente, o que faço é simplesmente agendar alguns artigos meus e ir adicionando para a lista de posts artigos que li e gostei, sempre em mente que o importante é passar informação de qualidade. A minha actividade no Twitter resume-se em 3 partes, agendamento de posts no Buffer, gerir lista de pessoas que sigo, e actividade em tempo real.
A minha fonte principal de visitas, o Facebook. Tenho várias frentes de batalha no Facebook, o meu perfil pessoal, a página do blog, os vários grupos onde partilho os artigos novos, e publicidade paga. Sinceramente, ainda não consegui perceber bem como gerir a página do blog, inicialmente tratava-a como se fosse o Twitter, partilhando vários artigos, recentemente decidi publicar menos informação e focar-me mais nos artigos do blog com alguns artigos de terceiros que ache relevantes, mas ainda assim é uma ciência que não consegui compreender. Os grupos funcionam extremamente bem, é daí que vem a maioria das visitas, e como quero manter as pessoas interessadas, apenas publico um artigo por semana em cada grupo, abusar afasta as pessoas e cria uma má reputação.
Sobre a minha conta pessoal, publico os novos artigos lá também, mas infelizmente noto pouco retorno das centenas de contactos que tenho, mas talvez com o tempo as coisas mudem também.
Google+
O meu patinho feio, que não lhe dedico tempo, mas porque publico tudo lá via Buffer? Porque é uma forma de indexar no google, e porque dá autoria aos meus artigos. Apesar de ter muito pouco retorno proveniente do Google+, inserir esta informação na base de dados da Google acaba por ser bastante importante. Se o Google sabe da nossa existência, mais pessoas poderão chegar a nós também.
E este é o meu novo brinquedo. Ainda a explorar, e ainda sem ter dedicado tempo suficiente a esta plataforma, mas é algo que quero apostar mais no futuro. Para ser sincero, de inicio não vi grande utilidade nem interesse no Pinterest, mas agora uso bastante até para uso pessoal. A minha estratégia para esta rede social será essencialmente criar uma rede de seguidores, partilhando tudo relacionado com viagens (com alguns dos meus artigos pelo meio). Se um começar a ser partilhado, poderá chegar a bem mais pessoas.
Outra rede-enigma para mim. Muitos dizem que o Instagram leva muitas visitas aos seus blogs, eu não consigo perceber como. Depois existe todo o conceito por detrás do Instagram que muitos tendem a ignorar, optam por editarem as fotos e partilharem com semanas ou meses de atraso, o que vai contra o conceito inicial de “instantâneo”. Ainda não tenho nenhuma estratégia para esta rede, mas é uma das áreas que preciso de apostar, afinal de contas muitos dizem que é uma grande fonte de visitas para os seus blogs.
Tumblr
Outro patinho-feio, mas este eu abandonei mesmo. Não via qualquer interesse no Tumblr, é mais uma plataforma de blogs e o que estava a fazer era simplesmente a duplicar o meu conteúdo de forma automatizada. Não tinha visitas provenientes de lá, e teria de investir bem mais tempo do que eu estava disposto a desperdiçar para esta rede social. Não tinha grande trabalho, mas irritava-me o facto de estar a duplicar informação de forma automatizada, como tal eliminei a conexão a essa rede tornando a minha conta obsoleta. Talvez no futuro…
No LinkedIn apenas partilho porque dá a conhecer uma outra faceta de mim como profissional. Sabe-se lá se um dia virei a ser convidado como travel blogger? Não custa nada manter o processo de divulgação automatizado para esta rede.
Newsletter
Apesar da Newsletter não ser uma rede social, usei-a para ajudar a divulgar o trabalho que faço e para pedir opiniões de forma personalizada junto de quem a recebia. Resultou em certa medida, mas após algumas edições apercebi-me que era um esforço demasiado grande para o que estava a oferecer. Quase tudo o que partilhava na newsletter ou era informação desnecessária para quem a recebe/ia, ou então pouca informação relevante era partilhada. Decidi suspendê-la até ter as outras máquinas bem oleadas, e aí sim talvez venha a investir tempo com a Newsletter. Neste momento apenas está suspensa, pretendo voltar a reanimá-la dentro de uns meses.
Automatização de fluxos
Pois é, tempo é dinheiro, e para poupar dinheiro é preciso investir bem o tempo. Escrever é cerca de 20% do trabalho num blog, os outros 80% são divididos entre pesquisa e divulgação. Para pesquisar, posso usar algumas ferramentas, como o Quora, que me facilitam na pesquisa de informação com base em opiniões, mas é um trabalho que tem de ser manual. Como poupar tempo no resto? Com automatização de fluxos.
Existem várias ferramentas que tornam tarefas repetitivas bem mais simples de executar, a minha preferida é o Buffer onde simplesmente coloco os artigos que quero publicar nas minhas redes sociais, e a horas que esses artigos / links deverão ser publicados. Simples, faço o trabalho de adicionar artigos à lista a publicar, e durante uma semana ou duas não preciso de me preocupar muito. Não só me poupa horas de trabalho, mas também alguns dias!
Mas nem tudo está interligado, apesar de ainda não usar o Instagram activamente, quando viajo publico fotos (directamente do iPhone) e gostaria de as ter divulgadas nas outras redes, como o Twitter. Mas como colocar isso no Buffer? Uso o IFTT. Ou seja, tiro uma foto, e horas mais tarde ela já está nas outras redes também (ainda tenho de afinar algumas definições aqui).
Organização pessoal em 2015
Esta é talvez a parte mais interessante, com tantas tarefas e sem nenhum retorno financeiro, porquê tanto trabalho? Porque tenho aprendido imenso sobre uma área que não é a minha, porque leio imenso sobre Marketing, Publicidade, Escrita e Organização pessoal. Simplesmente, porque estou constantemente a aprender e a aprender algo que me dá um gozo pessoal enorme.
O primeiro passo para falhar, é estipular objectivos exagerados. Falhei no passado por pensar demasiado em grande, mas desta vez fiz as coisas de uma forma mais ponderada, e aprendi que desistir não é sinónimo de falhar. O caso da newsletter é um exemplo disso, desisti sem ter falhado. E para conseguir organizar-me com tantas tarefas, tenho outras ferramentas para me ajudarem a manter-me focado.
- Folha de cálculo com tarefas e datas de entrega. – Sim, eu defino datas a mim mesmo para ter os artigos prontos, e a folha de cálculo diz-me exactamente quantos dias tenho ainda para ter o artigo pronto. Isto ajuda-me a perceber se estou atrasado ou se ainda tenho tempo, sem ter de escrever um artigo de véspera. Graças a isto, agora consigo escrever um artigo, revê-lo, ilustrá-lo e ainda prepará-lo para SEO.
- Calendário – Mas isso não é exactamente a mesma coisa que a folha de cálculo? Em parte sim, mas ter um calendário mensal dá para perceber o quão realista um prazo é. Agendar dois artigos para o mesmo dia requer trabalho a dobrar, portanto é importante ter uma representação visual de quando os artigos terão de estar prontos (caso deste artigo, que tem uma versão em inglês).
- Evernote / Bloco de notas – Tanto uso o Evernote para adicionar notas durante a viagem, como uso um bloco de notas. Quanto mais detalhes escrever, mais fácil será de escrever depois os artigos.
- Feedly – Ter um agregador de feeds é extremamente importante, ter onde encontrar artigos de outros bloggers e ter boa informação para partilhar com a comunidade é algo que considero como prioritário. E em vez de andar a vasculhar na internet por artigos, mais simples tê-los a chegarem a mim. Depois só tenho de os seleccionar e partilhar.
E este artigo já foi bem mais longo do que o normal, muita informação de como trabalho está divulgada aqui. Para o próximo ano espero ter estatísticas bem mais interessantes para partilhar. Mas ainda assim, 2015 foi um ano bastante bom!
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