E tudo começa com a viagem para a Figueira da Foz, comboio a partir de Santarém até Pombal, regional até Alfarelos, suburbano até à Figueira! Ainda conseguiu trocar 1000 pontos da Galp pelo bilhete de volta, viagem Coimbra – Oriente em Alfa-Pendular de borla! Viagem sem paragens, mas que qualidade! Primeiro passo a caminho do norte de Espanha!
O início da viagem
A meio da viagem mando uma sms ao Edgar (pensava eu), e quando lá chego mando-lhe um toque a dizer que já tinha chegado…, pensava eu…, afinal estava a enviar para outro contacto antigo meu que não faço a minima ideia de quem seja, parece já karma esta história dos números de telemóvel antigos. Nem 5 minutos esperei por ele, pontual como se gosta! E cá vou eu numa viagem com um gajo que nunca tinha visto à frente! Uma aventura à lá couchsurfing, portanto, mesmo como eu gosto!
Objectivo de inicio de viagem, não usar GPS em Portugal! E assim foi, rumo ao norte com tranquilidade e estupidez natural que é bem característica da zona, e falando em zona…, algo que não conhecia era o novo sistema de via-verde que estão agora a implementar em algumas auto-estradas do norte. Não existem “portagens” para quem tem via-verde, simplesmente uma barra com os controladores e se quisermos saber quanto foi pago, é só ir ver à net. os que não têm via-verde terão de fazer um ligeiro desvio, o que acaba por dar alguma vantagem real à via-verde!
A entrada no norte de Espanha
Chegada a algures no Norte de Portugal, parámos para almoçar umas sandes que a mãe do Edgar fez (obrigado!), após o almoço toca a decidir onde raio é que vamos cruzar a fronteira e tanto Caminha como Valença pareciam boas opções…, faltava era o detalhe que estávamos em Vila Nova de Cerveira, em menos de 5 minutos vimos uma placa azul com umas estrelinhas a dizer ESPANHA… Toca a ligar o GPS, pois estávamos mais a norte do que era suposto… Tirando o facto de que o GPS volta e meia se baralhar todo, lá nos indicou onde estávamos e que afinal de contas iríamos cruzar a fronteira em Vila Nova de Cerveira e não nem em Caminha nem em Valença.
Conhecer A Coruña
Chegada a A Coruña enviámos uma SMS à nossa anfitriã…, ou pelo menos pensávamos nós…, tentámos telefonar…, e ninguém atendia…, mau…, será que é caso para ponderar uma dormida dentro do carro?
Entretanto também sugerimos um meeting de Couchsurfing na cidade, que acabou por resultar noutro desencontro e tivemos de andar para a frente e para trás à procura de um bar que afinal estava fechado. Onde raio andam os couchsurfers desta cidade??? Pelo menos destes tínhamos um contacto telefónico e deu para nos encontrarmos, e não é que eles até conhecem a nossa anfitriã? Salvaram-nos a noite! Tínhamos o número de telemóvel errado (e agora que penso, afinal foram dois incidentes do género no mesmo dia…)!!! Combinámos ir ter a casa dela depois da nossa noitada visto que ela estava num aniversário, e lá continuámos com aquele pessoal do couchsurfing! Uma noite brutal, e cheia de coincidências, um deles é ex-colega de casa de um C13 que tinha conhecido dias antes!!! Outra trabalhou para a minha empresa, mas em Espanha!
Lá chegámos a casa da nossa anfitriã, pelas duas da matina…, não faço ideia o que se passou com os satélites GPS naquela noite, mas deviam estar de folga pois com 3 GPS no carro NENHUM apanhou sinal!!! Tivemos de nos guiar com o mapa no GPS e segui-lo à moda antiga, a ver nome de ruas e cruzamentos!
Lá deu para chegar a casa delas, demorou mas foi! E a noite também foi, como prenda levámos Favaito, o belo do Moscatel (pena não ter encontrado de Setúbal, foi mesmo do Douro…), que foi consumido logo alí com elas a acompanhar uma conversa de algumas horas e não fosse o detalhe que uma delas até tinha de ir apanhar um avião logo pela manhã…, coitada, foi quase de directa. Entre alguns detalhes que não interessa referir aqui no blog, foi uma noite mesmo brutal de couchsurfing. Uma experiência bem curta, mas bastante positiva!
Dia seguinte, acordar e ir conhecer a cidade. Andar, andar e andar, tirar fotos, tirar fotos e tirar fotos! Acho que não dá para resumir melhor aquele pedaço de tarde, se eu meter as fotos online depois poderão vê-las. Segue-se a viagem para León…, e coitado do Edgar…, não sei se foi muito se foi pouco tempo, mas deixei o rapaz a conduzir na companhia de um gajo a dormir (EU), e da paisagem que ainda cheguei a ver…, era mesmo brutal! A chegada a León foi fácil, o complicado foi o estacionamento…, e eu que pensava que em Lisboa era complicado estacionar…, ali parece que há um carro por habitante, que grande exagero!
Conhecer um pouco de Léon e seguir para Salamanca
Lá conhecemos o nosso anfitrião, um tuga desta vez, e fomos para a festa. Conhecemos mais uma tuga que anda por lá a fazer o Inov Contacto (que grandes coincidências, uma Contacto no fim do mundo) e, como disse antes, fomos “de fiesta“! Mas pelo caminho ainda tivemos direito a ver uma parte da procissão da Semana Santa, que só por acaso me deixou algo traumatizado…, aquele pessoal veste-se como o KKK? Aliás, o KKK é que se veste como eles…, mas não deixou de ser uma visão algo perturbadora. Bem, detalhes da noite não interessam para aqui, em resumo foi uma noite bem agradável de tapas bem à espanhola!
Terceiro dia…, acordar, ver a cidade e tirar fotos (blablabla) e rumo à estrada para o terceiro e último destino! Salamanca! Os GPS têm um pouco mais de piada do que apenas nos indicarem o caminho, a informação recebida pelo GPS permite calcular a posição geográfica em 4D, isto é, altura, longitude, latitude e tempo, neste caso o que interessa mesmo falar é da altitude e como muito provavelmente até sabem, grande parte da Espanha está em cima de um Planalto. E de León a Salamanca andámos sempre nesse planalto cuja paisagem em MUITO se assemelha ao Alentejo só com a particularidade de estar a 800m de altitude! Já lá tinha passado algumas vezes, mas nunca tinha reparado nesse detalhe, é que 800m ainda é uma altura considerável, quase metade da altura da nossa Serra da Estrela!
Explorar Salamanca e regresso a Portugal
Chegada a Salamanca, mais voltas para encontrar lugar para estacionar o carro…, and guess what…, em frente à porta do nosso anfitrião! Um italiano bem porreiro que trabalha por lá, a quem convidámos a sair e comer umas tapas servindo ele como nosso orientador pela cidade, a nós juntou-se também o colega de casa dele, um alemão que fala bastante bem em Espanhol. O idioma ali foi essencialmente Espanhol, o que me levou a pensar que raio fiz ao “meu” espanhol…, dantes até me safava bem…
O primeiro plano passava por comer tapas, a fome já era muita! Depois seria encontrarmos-nos com uma outra alemã que a quem também pedimos sofá, mas que demorou a responder…, coincidências again…, é de uma vila perto de Dresden mas morava em Dresden… Ficou a promessa de lá voltar um dia, finalmente tenho alguém para visitar naquela cidade!
Fomos todos sair para mais tapas, e a nós se juntou OUTRA alemã, mas esta já fala muito pouco espanhol pelo que aí comecei a falar mais em inglês e…, alemão! Pois é, quem diria que ainda consigo manter uma conversação em alemão? Nem eu sabia, se não fosse metidiço e entrar na conversa das duas alemãs e dizer que visitei a zona da “outra” alemã! Fiquei surpreendido comigo mesmo, ao fim de 2 anos ainda me lembro de algumas coisitas, se calhar devia voltar a estudar alemão…, mas seguindo o relato, fomos para uns bares e blablabla que os detalhes da noite pouco importam! Só que desta vez tivemos direito a um quarto cada um! E viva o luxo do CS!
Dia seguinte, ver a cidade a velocidade relâmpago, comer na cantina (que saudades de má comida) e seguirmos rumo a Ciudad Rodrigo…, que decepção, quando vi aquilo em pequeno pareceu bem mais fascinante…, é incrível as imagens que mantemos na memória e como as coisas são na realidade. Seguindo para Portugal, paragem só em Coimbra onde fui apanhar o comboio, ainda consegui trocar o bilhete para um comboio 2 horas antes, senão tinha sido uma grande seca à espera do meu comboio…, viagemzinha de Alfa-Pendular sem paragens intermédias e de borla! E viva os pontos Galp!
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